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sábado, 20 de fevereiro de 2016

HISTÓRIA DA CIRURGIA

CIRURGIA


Definição:
A etimologia do termo cirurgia remonta ao vocábulo latim "chirurgĭa", que, por sua vez, tem origem grega. A cirurgia é o ramo da medicina que se dedica a curar as doenças por meio de operações.

HISTÓRIA DA CIRURGIA
A CIRURGIA NA PRÉ-HISTÓRIA

Atos médicos e cirúrgicos eram feitos por feiticeiros. A trepanação é a primeira operação conhecida . A remoção de pequeno fragmento ósseo, geralmente arredondado, é conhecida desde os tempos neolíticos e era feita por razões religiosas, mas também médicas, tais como: 
  • alívio da pressão intracraniana;
  •  dores de cabeça;
  • liberação de espíritos.
o   Os fragmentos ósseos eram usados como amuletos. As trepanações eram de diferentes tamanhos, e feitas em diferentes pontos da caixa craniana. Eram mutilações sangrentas e dolorosas executadas com um fim de iniciação mística em crianças e adolescentes ou de ritos mágicos.
Do mesmo modo, outras práticas sangrentas como a subincisão uretral e a circuncisão eram realizados.


A CIRURGIA NA ANTIGUIDADE
Em 2500 A.C.: Foram relatadas operações em tumbas de faraós em Saqquarah. Os papiros de  Ebers e Edwin Smith, do século XVI A.C., trouxeram informações e foram os primeiros textos sobre cirurgia. O papiro cirúrgico de Edwin Smith é um dos mais importantes documentos da medicina antiga do Vale do Nilo. Foi escrito por volta de 1700 A.C., mas a maioria de suas informações é baseada em textos escritos na época de Imhotep (2640 A.C.). O papiro se refere, principalmente, às feridas e a como tratá-las.

Na Índia, no século IV A.C.: Houve um desenvolvimento grande da cirurgia plástica,principalmente das rinoplastias. Os prisioneiros de guerra e os adúlteros eram punidos com a amputação do nariz, cuja reconstrução era feita à custa de retalhos da testa. Susruta foi o grande cirurgião indiano da época.

Entre 460 e 377 A.C.: Foi formulado o Juramento de Hipócrates. Sob essa influência, em 150A.C., foi proibido que médicos e cirurgiões respeitáveis, educados, usassem bisturis e cortassem pacientes para retirada de cálculos. Tais tarefas, consideradas selvagens, ficavam para artesãos menos educados (mais tarde a Igreja se posicionou fortemente contra as dissecções e operações e somente no século XIII é que os médicos e os cirurgiões começaram a ser igualmente respeitados).

CHINA: A cirurgia praticamente não existia na China Antiga por causa da orientação totalmente
diferente da medicina chinesa, somada à completa ignorância da anatomia. Hua T’o, o mais famoso médico chinês da época, no ano de 190 (século II), já fazia anestesia para operações no abdome usando Cannabis sativa fervida com vinho. O seu avanço cirúrgico parou nessa ocasião porque Confúcio proibiu as mutilações do corpo humano. Nessa época, o Senhor da Guerra Kuan Yun foi operado por Hua T’o para retirar uma flecha envenenada que o atingira. Quando, mais tarde, Hua T’o indicou uma trepanação para melhorar a dor de cabeça de Kuan Yun, este o mandou executar por desconfiar que o cirurgião tinha sido subornado para matá-lo.

A CIRURGIA NA IDADE MÉDIA


O cirurgião bizantino Paulo de Egina (Paulus Aegineta), escreveu um breviário de cirurgia onde compilou o que já havia sido dito pelos gregos. Discutiu, com sua experiência pessoal: traqueotomia, amidalectomias, flebotomias e mamoplastia redutora.

Abw’l Qasim al Zahrawi, Albucasis (930-1013), cirurgião islâmico nascido em Córdoba, escreveu o primeiro livro ilustrado de cirurgia, introduzindo o uso do ferro em brasa para cauterização de feridas.Teve grande influência sobre os cirurgiões da idade média, que usaram abusivamente essa técnica (cauterização de feridas).
Os escritos e manuscritos da época mostram claramente a mistura vigente de misticismo e crueldade. Na Idade Média, o homem era totalmente religioso e via em tudo o que lhe acontecia um gesto direto de Deus. A igreja, cuja autoridade era incontestada, impediu todo o espírito de pesquisa como, por exemplo, a interdição das dissecções que, aliás, foi mantida até 1480. A cirurgia foi considerada uma prática bárbara, também condenada pela igreja.

No século XIII apareceram as primeiras escolas de medicina. A primeira foi a de Salerno (século IX?), que fornecia ensino verdadeiro e diploma. Rogerius Frugardi (Roger de Salerno) teve sua obra “Cirurgia” editada por Roland de Parma. A Escola de Salerno professava o dogma da supuração louvável: qualquer ferida deveria produzir supuração.
A Escola de Bolonha (1158), segunda a aparecer, defendia a doutrina inversa: É o seco, mais que o úmido, que mais se aproxima do estado são.

Em 1222 é criada a Universidade de Pádua, que contou com destacados professores de
anatomia e cirurgia, como Fabricius d'Acquapendente, Giambattista Morgagni, Andreas Vesalius e Gabriel Faloppio, dentre outros.

No século XIII, dois cirurgiões italianos tiveram atuação marcante: Guglielmo Salicetti (1201-1277) e seu aluno Guido Lanfranchi que, em seu livro Chirurgia Magna (1296), já fala de sutura de nervos cortados e recomenda a sutura intestinal, tendo se associado ao primeiro colégio de cirurgia, o Colégio de São Cosme.

No fim do século XIII e início do século XIV, as escolas francesas aumentam seu prestígio e dois cirurgiões se distinguem: Henri de Mondeville e Guy de Chauliac.


  • Mondeville (1260-1320): preconizou que as feridas limpas cicatrizam melhor. Nas feridas não se deveriam usar unguentos e bálsamos. Os corpos estranhos deveriam ser removidos e o sangramento parado. Recomendava curativos com compressas embebidas em vinho quente.
  •  Guy de Chauliac (1300-1370): professor na Universidade de Montpellier, publicou o livro Chirurgia Magna (1363), em que dizia: “Todos os artesãos devem conhecer o assunto em que trabalham; de outro modo, eles errariam nas suas obras. Segue-se que os cirurgiões devem conhecer a anatomia.” 
  • Em 1376, Chauliac foi autorizado a dissecar um cadáver por ano. Foi um dos primeiros a receber esta autorização, precedido por Mondino de Luzzi de Bolonha. Recomendava a castração nas operações de hérnia inguinal, já que usava a cauterização e poucos testículos permaneciam viáveis. Retirava-os preventivamente.
A Itália lidera a pesquisa anatômica durante pelo menos dois séculos, inicialmente com a Escola de Salerno (criada por Frederico II da Sicília). Era obrigatório o estudo de três anos de lógica, cinco anos de medicina e cirurgia e um ano de prática sob a orientação de um médico instruído.
O médico assim formado devia pertencer à igreja e falar latim. Seu ensino tinha sido dogmático, ele se preocupava mais com a discussão teórica e citações de textos antigos. Qualquer ação manual era considerada desonrosa e significava perda da autoridade. Como homem da igreja não poderia derramar sangue. Recusava-se a qualquer ato cirúrgico, deixando-o para os inferiores: os barbeiros cirurgiões, que eram simples operários, iletrados e leigos.
O médico usava a toga longa e o barbeiro cirurgião a toga curta. Os médicos exigiam a
submissão dos então chamados cirurgiões-barbeiros.
  •   Século XVI os cirurgiões atingiram sua autonomia com Ambroise Paré, que foi o primeiro médico que dedicou todo o seu tempo à cirurgia. Ambroise Paré (1510-1590), considerado o fundador da ortopedia, modificou o tratamento das feridas que, até então, eram cauterizadas e queimadas com óleo. Em 1536 foi reconhecido como apto a curar cravos, bossas, antrazes e carbúnculos, chegando à posição de cirurgião de quatro reis da França. Mostrou que tratar as feridas com gema de ovo, mel e terebintina dava melhores resultados que a cauterização.
     
  •  1540, os barbeiros e os cirurgiões de Londres se unem na Companhia dos Barbeiros Cirurgiões, que se transformaria no Royal College of Surgeons em 1800.

A CIRURGIA NA IDADE MODERNA

Do século XV em diante os europeus falam de uma nova era e adquirem uma visão mais avançada de vários aspectos da vida.  Há o nascimento de uma nova cirurgia em virtude do desenvolvimento da anatomia e da fisiologia.

Andreas Vesalius(1514– 1564 D.C.)
Muito pouco havia sido descoberto sobre anatomia e fisiologia desde a Antiguidade, cujas descobertas foram baseadas na dissecação de animais. A falta de aulas práticas de anatomia na Universidade de Paris acabou levando Vesalius, assim como Michelangelo, a frequentar cemitérios em busca de ossadas de criminosos executados e vítimas de praga.
Vesalius foi ousado a criticar e indicar erros cometidos por Cláudio Galeno, um proeminente médico e filósofo romano de origem grega que era tido como o mais conceituado anatomista até então.
Ao contrário de seus contemporâneos, que acreditavam piamente nos estudos de Galeno, Vesalius ia a fundo e dissecava corpos humanos por ele mesmo, havia até mesmo dissecações públicas. Com as mãos constantemente ensanguentadas, pregava incansavelmente o conceito de que para conhecer o corpo humano era necessário dissecá-lo. Escreveu o Atlas de Anatomia Humana(De Humani Corporis Fabrica). Dividido em sete partes, o livro apresenta-se desta forma:
  • Ossos (Livro 1)
  • Músculos (Livro 2)
  • Sistema circulatório (Livro 3)
  • Sistema nervoso (Livro 4)
  • Abdômen (Livro 5)
  • Coração e pulmões (Livro 6)
  • Cérebro (Livro 7)
É considerado por este grande feito " O Pai da Anatomia Moderna"

John Hunter(1728– 1793 d.C.)
 Foi o fundador da cirurgia experimental e a ele se deve a descoberta da circulação colateral nos casos de aneurisma, permitindo a ligadura da artéria logo acima do saco aneurismático. Descobriu os canais lacrimais, descreveu o choque, a flebite e a intussuscepção intestinal e foi o primeiro a utilizar a sonda nasogástrica para alimentar o paciente. Considerava a maioria das operações como mutilações que apenas atestavam a imperfeição da medicina e advertia a seus colegas cirurgiões para não agirem como um "selvagem armado". Estabeleceu a diferença entre o cancro mole e o cancro duro e para dirimir a dúvida se a blenorragia e a sífilis eram uma só ou duas doenças, inoculou em si mesmo, no tecido subcutâneo, o pus recolhido de um paciente com blenorragia. Apresentou todas as manifestações primárias e secundárias da sífilis, o que o convenceu de que se tratava de uma única doença. Lamentavelmente, é fora de dúvida que ele se auto-inoculou com material que continha tanto o gonococo como o Treponema pallidum.

Willian Harvey(1578– 1657 d.C)


Suas descobertas sobre o funcionamento do coração e da circulação do sangue pelas artérias e veias, revolucionaram a medicina. Estudou os animais vivos. Abriu a cavidade torácica e observou diretamente o bater do coração. Viu que o órgão se mexia e depois parava. Tomou em suas mãos o coração do animal vivo e percebeu que ele ficava alternadamente duro e relaxado, como o movimento de um músculo. Percebeu que quando o coração estava duro, diminuía de volume e quando o coração afrouxava, aumentava de tamanho.
Notou que o coração mudava de cor. Quando duro e pequeno, ficava mais claro do que quando relaxado. Com suas observações concluiu que o coração é um músculo oco e que o espaço interno diminui e força o sangue para fora, tornando o músculo pálido. Quando o músculo está relaxado, o sangue entra na cavidade maior e o coração fica vermelho. Concluiu Harvey, "O coração é uma bomba".
Continuando seus estudos, segue o caminho do sangue pelo corpo e nota que as artérias pulsam no momento que o coração está contraído e que se essa artéria for furada, o sangue jorra. Bloqueando as artérias em vários pontos, concluiu que elas não produzem a pulsação, que era inteiramente ligada ao coração.
William Harvey descobriu que algumas veias e artérias eram vias de um só sentido, pois eram providas de válvulas, que levavam o sangue ao coração. Traçou o mapa dos fluxos do sangue pelo coração e pelas artérias, até chegar às veias e voltar ao coração.


AVANÇOS NA ÁREA DE ANESTESIA

por volta de 3000 a.C, na Mesopotâmia: se “narcotizava” o paciente comprimindo-lhe as carótidas para que perdesse a consciência

Nas Américas a coca era um importante anestésico usado nas trepanações.
Com um maior conhecimento das plantas medicinais, a narcose começou a ser obtida por meio da administração das mais diversas substâncias (haxixe, ópio, álcool, etc.) ou por meio da isquemia do membro (no caso das amputações). 

No século X:  Ambroise Paré preconizava um coquetel de ópio e álcool.

Dominique Jean Larrey : considerado o pai da medicina de urgência, constatou que o frio intenso atenuava a dor dos operados e por muito tempo usou o método para amputar membros gangrenados.

Os alquimistas árabes empregavam técnicas como a esponja soporífera, que era uma esponja embebida em haxixe, ópio e ervas aromáticas. Quando usada em uma operação, deveria ser umedecida e mantida sobre a face induzindo a um estado de inconsciência.

Em 10 de dezembro de 1844 Horace Wells, um dentista itinerante, assistia a uma demonstração com gás hilariante (óxido nitroso) em uma feira em Connecticut (EUA) quando um espectador caiu, feriu a perna e nada sentiu enquanto estava inalando o gás Percebeu suas propriedades anestésicas e tentou demonstrá-las em uma sessão pública de extração dentária sem dor, com o uso do óxido nitroso. Foi mal sucedido e o fracasso o perturbou a tal ponto que o levou ao suicídio em 1848.

O médico e farmacêutico americano Crawford Williamson Long (1815-1878): foi o primeiro a usar o éter como anestésico durante uma intervenção cirúrgica. Em 30 de março de 1842 Long fez com que seu paciente inalasse os vapores do éter, e assim pôde ressecar um tumor em seu pescoço sem que o paciente, inicialmente aterrorizado com a simples ideia da operação, sentisse qualquer dor. Com o bom resultado obtido, Long, passou a usar o éter em amputações e em partos, mas não se preocupou em publicar os resultados de seus trabalhos. Só o fez em 1849, quase três anos depois das publicações de Morton.

Em novembro de 1847, James Young Simpson, obstetra em Edimburgo (Escócia), usou clorofórmio para alívio da dor do parto vaginal, o que suscitou diversos debates médicos e religiosos já que a dor do parto era então considerada um castigo divino.

John Snow, médico e epidemiologista inglês, administrou clorofórmio à Rainha Vitória quando ela deu à luz seu quarto filho homem, o príncipe Leopoldo, em 1857. Tal fato levou a uma ampla a pública da anestesia obstétrica.

PRINCÍPIOS DE ASSEPSIA E ANTISSEPSIA


CONCEITOS BÁSICOS

Assepsia
É o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patogênicos no organismo.
 Exemplos: uso de luvas estéreis, uso de aventais, máscaras, pró-pés, gorros, capotes cirúrgicos, campos cirúrgicos, material esterilizado.

Antissepsia
Consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície.
Exemplos: lavagem, das mãos com germicidas, limpeza de área da pele a ser operada.


HISTÓRIA DOS PRINCÍPIOS DE ASSEPSIA E ANTISSEPSIA

Inácio Felipe Semmelweis (Semmelweiss Ignác Fülöp): Médico húngaro que nasceu em 1818, conseguiu diminuir drasticamente a taxa de mortalidade por sépsis (febre) puerperal em seu hospital mediante a determinação de que os obstetras lavassem as mãos antes de atender aos partos. Havia observado que a mortalidade das parturientes atendidas por médicos (na Primeira Clínica Obstétrica do Allgemeine Krankenhaus) era cerca de três a dez vezes maior que a das parturientes atendidas por parteiras (na Segunda Clínica Obstétrica do mesmo hospital). Os recém-nascidos também morriam com mais frequência na primeira clínica. Na época, as doenças epidêmicas eram explicadas por “influências cósmico-telúricas”. As pesquisas de Semmelweis eram boicotadas por seus pares e superiores, mas ele acabou concluindo que a grande diferença estava no fato de que na segunda unidade só trabalhavam parteiras, que antes de examinar as pacientes não dissecavam cadáveres – o que ocorria, frequentemente, com os médicos. A despeito do significado de sua descoberta, foi incompreendido e insultado pela comunidade científica de seu tempo. Acabou morrendo em 1865, em um asilo, aparentemente em consequência de uma infecção que ele mesmo provocou cortando-se com um bisturi contaminado para demonstrar sua teoria. Atualmente, Semmelweis é considerado um dos pioneiros da antissepsia e da prevenção da infecção hospitalar.

Luís (Louis) Pasteur (1822-1895): Foi um cientista e químico francês que, entre 1860 e 1864, demonstrou que a fermentação e o crescimento de microrganismos em caldos de cultura não ocorriam por geração espontânea. Propôs a “teoria germinal das doenças infecciosas”, segundo a qual toda doença infecciosa tem sua causa em um micróbio com capacidade de propagar-se entre as pessoas.

Em 1865, o cirurgião inglês Joseph Lister (1827-1912): Aplicou a teoria dos germes de Pasteur para eliminar os microrganismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Acreditando que as infecções se deviam a partículas presentes no ar ambiente, vaporizava os instrumentos, as feridas e as roupas com ácido carbólico (fenol), que era usado na época para desodorizar águas residuais. Assim, Lister iniciou uma nova era na cirurgia; em 1869 conseguiu reduzir a taxa de mortalidade operatória de 50% para 15%. Inicialmente seu método – que ele chamava antisséptico – foi recebido com ceticismo, mas por volta de 1880 já era aceito por todos. As técnicas de antissepsia e assepsia foram, finalmente, aceitas como parte da rotina cirúrgica em meados de 1890. Como consequência, o uso de luvas, máscaras, aventais e gorros cirúrgicos evoluiu naturalmente. Embora a descoberta da vulcanização, em 1843, permitisse a fabricação de luvas de borracha, nenhuma luva verdadeiramente flexível e funcional havia sido produzida até 1878.A identidade do primeiro cirurgião que usou luvas de borracha rotineiramente permanece incerta. 


1878, T. Gaillard Thomas (1831-1903): Um ginecologista de Nova Iorque, permitia que membros de sua equipe cirúrgica usassem luvas de borracha para proteger as mãos dos efeitos cáusticos das várias soluções usadas para limpar os instrumentos cirúrgicos.Entretanto, o uso das luvas cirúrgicas na sala de operações foi popularizado por William Stewart Halsted (1852-1922). 

Em 1889: as luvas cirúrgicas foram introduzidas no Johns Hopkins Hospital em Baltimore, EUA, porque a enfermeira-chefe do centro cirúrgico (e sua futura esposa) Caroline Hampton desenvolveu uma dermatite pelo uso da solução usada para desinfetar as mãos e os braços. Tal fato levou Halsted a solicitar à Goodyear Rubber Company que produzisse luvas finas que não interferissem com a necessária sensibilidade. Como a maioria dos cirurgiões do século XIX, Halsted achava que operar com luvas era um método de prevenir a dermatite induzida quimicamente. Só mais tarde se deu conta do impacto das luvas na antissepsia.Muitos cirurgiões, no entanto, insistiam que as luvas reduziam a delicadeza do toque e continuavam a operar sem proteção para as mãos.

A aceitação internacional do uso necessário das luvas de borracha em qualquer operação cirúrgica só ocorreu após a I Guerra Mundial (1914-1918).

LINKS DE IMAGENS
http://www.maiscuriosidades.com.br/a-historia-e-varias-curiosidades-sobre-a-anestesia/
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LINKS DE PESQUISA
http://www.cecmi.com.br/blog/?tag=cecmi-cirurgia-historia-da-cirurgia-cirurgia-minimamente-invasiva-procedimento-cirurgico-medicina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cirurgia#Hist.C3.B3ria_da_cirurgia
http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/40567-confira-uma-breve-historia-da-cirurgia-atraves-de-imagens.htm
http://cbc.org.br/o-cbc/a-historia/a-evolucao-da-cirurgia/
http://www.sul21.com.br/jornal/a-cirurgia-atraves-dos-seculos/

ASSISTA PELO LINK
http://www.dailymotion.com/video/x280cwp_bbc-a-historia-da-cirurgia-5-5-primordios-sangrentos_tech